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Fora do radar #2

A Figueira da Foz é uma cidades poderia considerar-se perfeita. À beira mar plantada tem características que enchem todos os gostos e necessidades de quem lá vive e de quem está apenas de passagem. Praias para todos os gostos, campo para quem gosta de mais sossego e uma cidade activa mas tranquila, otima para quem não quer ficar parado no tempo enquanto está de férias.
Mostrar tudo o que há para ver aqui não chega, porque o encanto é mesmo ir para conhecer e usufruir. Mesmo assim destacam-se alguns sítios que se querem obrigatórios.
A Ponte Edgar Cardoso, inaugurada em 1982 (no mesmo ano em que a cidade  é elevada a cidade), é o primeiro postal ilustrado do que de bom e belo a cidade tem para oferecer. A cidade em si é muito organizada e aprazível. Ilustrada com edifícios de uma arquitectura que remonta aos seus tempo aureos convive em harmonia e beleza com a arquitectura moderna que vai surgindo.
Considerada a rainha da Costa de Prata, foi elevada a vila em 1771 e durante o século XIX era a praia IN para as famílias abastadas (principalmente do norte e Espanha) irem a banhos,  aproveitavam os benefícios naturais do sol e dos ares da praia, como foi o caso da poetisa Florbela Espanca.
As praias são muito diferentes, consoante os  gostos de cada um, mas uma coisa é comum, a temperatura bem fresca e água límpida. Não fosse esta zona uma referência para a prática de desportos radicais, como o Surf e Bodyboard.
No centro da cidade a Torre do Relógio, situada em frente à Esplanada Silva Guimarães, na Praia do Relógio, é uma referência e ponto obrigatório de partida numa visita a esta bela cidade. Como seu vizinho tem o Forte de Santa Catarina, que apesar de pequeno é encantador. Crê-se que os seus alicerces remontam a D.João I e que foi decisivo na restauração da independência como também na Guerra Peninsular em 1808.
Hoje em dia essa zona está amplamente optimizada, albergando o longo areal campos de desporto, estacionamento, e o mercado municipal provisório enquanto decorrem as obras de remodelação do efectivo. Alberga também um pequeno parque de diversões onde tradicionalmente durante o verão o Circo monta tenda e onde umas barraquinhas de farturas e diversões fazem as maravilhas de quem lá passa.

A zona da esplanada até ao forte é rica em cafés restaurantes, cervejarias, lojas e até um clube de ténis, onde a vista é magnifica e a calçada convida a uma caminhada com o mar no horizonte e onde se situam hotéis, a piscina de água salgada e alojamentos para férias.

Bem ali perto o Casino da Figueira é o ex-líbris da cidade, situado no Bairro Novo e com licença de jogo desde 1927 é o mais antigo da Península Ibérica e o maior do país, na sua sombra está o antigo ex-casino Oceânico agora convertido numa discoteca e outrora numa exposição de artesanato. Propriedade do Casino da Figueira Da Foz é a Casa Museu Palácio Sotto-Mayor, propriedade particular mandada construir  por Joaquim Sotto-Mayor no início do séc. XX e usada principalmente para férias.

Não variando e mesmo no final da rua encontra-se o Jardim Municipal, rico em sombras e em risos das crianças que brincam no espaço reservado para elas, foi remodelado no início desta década e o  coreto antigo que tanto caracterizava outros tempos foi substituído por algo mais aerodinâmico, semelhante a um anfiteatro com tenda. Mas a tradição ainda é o que era em algumas coisas, nos meses de verão o cantinho da leitura para os mais pequenos ainda se faz, a bem da cultura e pela  luta contra o analfabetismo. Junto a ele situa-se o Tribunal e o Mercado Municipal que não se cora com os principais mercados do país.

O parque das Abadias é o pulmão da cidade e ponto de eleição para quem gosta de fazer desporto ou apenas fazer uma caminhada. O estádio do Naval 1º de Maio, o Museu Municipal Santos Rocha e o CAE (Centro de Artes e Espectáculos) são seus vizinhos, um do desporto e outro da cultura. 

A marina  e o Clube Náutico estão mesmo ali em frente. Com o Mondego a desaguar nesta bela cidade esta zona é espectadora de todas as embarcações que entram e saem do porto da Figueira da Foz e vêm a zona mais calma da cidade, onde se situam a praça dos combatentes da Grande Guerra, o edifício da Câmara Municipal e a Estação de Caminho de Ferro, que noutros tempo foi fulcral na distribuição de sal produzido na cidade para as regiões vizinhas.

E porque falamos no Rio Mondego (que alimenta os arrozais das terras do concelho) não podemos passar despercebido o Cabo Mondego, o qual abraça o mar com a Serra da Boa Viagem. O cabo Mondego é sinalizado pelo seu farol foi considerado Monumento de História Natural devido aos vestígios do Jurássico únicos na Península Ibérica. 

O Parque Florestal da Serra da Boa Viagem é um encanto, cheio de sombras e abrigos para pelos passeios e horas de descanso e relax à sombra nos dias de calor. A sua vegetação e Arvoredo denso são um hino à imaginação para histórias de encantar e à natureza. Com zonas de pic-nic e actividades ao ar-livre, como circuitos pedestres ou de bicicleta e o Parque Aventura para os mais pequenos, ou corajosos. No miradouro da Bandeira as o verde e as praias são até perder de vista, mas as mais perto são as de Quiaios e  da Tocha.

Algumas imagens:

Pôr-do-Sol da Praia da Torre do Relógio

Farol do Cabo Mondego

Vista da Figueira da Foz

Forte de Santa Catarina


Ponte Edgar Cardoso

Miradouro da Bandeira

Torre do Relógio

Esplanada Silva Guimarães e Sweet Atlantic Hotel

CAE






O Resto???!!!  fica para outro fora do Radar... brevemente.

Link de MUITO interesse: http://www.figueiradigital.com/
  


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